sábado, 27 de outubro de 2012

Corte e costura II

Depois de comprar a dita matéria-prima, toca de continuar a tratar do "caruncho do metal" que ainda assola o guarda-chuva. E por isso mesmo que o nome deste tópico termina em II: a primeira parte do corte e costura foi dado na carroceria, agora é tempo das portas, mais concretamente, tampa da mala e porta dianteira do lado direito.
A tampa da mala, milagrosamente, não apresentava nenhum podre (!), apenas duas pequenas rachadelas junto à charneira. Quanto à porta da frente, as imagens valem muito mais do que mil palavras...

Identificar as gangrenas...


Um clássico, parte inferior da porta toda podre. Já com o caruncho removido:




Mais uma, na continuação da anterior:




Fabrico da peça que irá repor o que o tempo e a humidade tratatam de tirar. Em segundo plano, a boa e eterna companhia canina...




Agora a parte inferior da janela:






Peça fabricada e pronta a colocar. O prego soldado é um precioso auxiliar para mantê-la na posição desejada ao soldar:
E agora, a parte inferior da porta. Fabricar mais uma peça, cortar a chapa e ficar com este aspecto:



Algum trabalho de moldagem e fica com o aspecto desejado:



Vários furos equidistantes realizados, superficies limpas, peça presa e é soldada no sítio. Porta do Azulinho já está a ficar com outro aspecto!:





E assim fica a porta pronta para ficar lisinha com poliester e preparada para pintura, que será o próximo episódio!

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Matéria prima...

Já dizia o ditado popular: "Não se fazem omeletes sem ovos". Neste caso, não se fazem reparações de bate-chapa sem...chapa :).


Os canídeos visiveis na foto foram uma grande e excelente companhia durante a recuperação do guarda-chuva-azul. Obrigado Gaspar e Sancho!

Peeling ao corpo...

E já que se tratou da tão importante charneira do capôt, nada como fazer um "tratamento de beleza" à carroceria do Azulinho! Algumas marcas deixadas das reparações feitas no inicio tinham de desaparecer, para além de algumas irregularidades na superfície do "corpo".
Várias horas de colocar massa de poliester, lixar e verificar e voltar a colocar massa onde necessário, lixar... No fim, valeu a pena o resultado :).










Depois de uma carroceria lisa e rectificada, faltava ainda uma importante parte de chapa afectadas pelo caruncho do metal: as portas dianteiras.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Setembro de 2010 - Regresso à charneira

Por esta altura, já o guarda-lamas estava reparado e também ficou disponível quem iria ajudar e orientar a colocar a charneira - dobradiça para os amigos - do capôt, o meu pai. Apesar de parecer uma tarefa trivial e objectiva, a verdade é que exige vários cuidados, desde o definir com exactidão onde a peça vai assentar, passando pelo tirar medidas com muito cuidado à peça de forma a garantir que esta depois é cortada com a largura exacta do carro e com a altura de aba ideal - demasiado alta, como vem em nova, não dá para assentar bem, demasiado baixa pode inviabilizar a soldadura na carroceria.
Passando para os trabalhos, eis que se começou por tirar medidas e começar a cortar a peça à medida:





Visto que a peça é sensível a empenar com o calor, foram realizados vários furos nas superfícies onde vai assentar, de forma a poder realizar soldadura por pontos. Esta soldadura teve de ser feita de forma faseada, com periodos de arrefecimento entre soldaduras para não haver o tal empenar da peça. Isto de ser bate-chapas não é uma arte por acaso!





Depois de soldada, é altura de entrar na fase de rectificação e nivelar a superfície. Primeiro, lixar soldaduras para que estas fiquem niveladas e depois estanhar a parte superior da peça, por forma a dissimular a diferença de altura entre a face da peça e a carroceria:



 Depois de estanhar (foi aqui que eu percebi bem o porquê de já ninguém utilizar esta técnica: apesar de oferecer muito bons resultados, a verdade é que exige muito tempo e paciência a condizer), é altura de lixar o estanho para depois ser rectificado com massa de poliester.





Já com aspecto quase final...


Mais uma camada de massa poliester, agora mais fina, e mais uma lixadela com lixa 200.


Como as irregularidades não ficam eliminadas à primeira, mais uma camada e mais lixa, agora de grão mais fino.


Finalmente, já a superfície bem lisa e com primário aplicado. O guarda-chuva já pode voltar a ter capôt encaixado em condições!

terça-feira, 3 de maio de 2011

Agosto de 2010 - Introdução a bate-chapas

Enquanto os bancos estavam a ser estofados, outras acções de beleza estavam a ser feitas sobre peças do guarda-chuva-azul, nomeadamente, a lacagem dos pára-choques (novos), escudetes, varão da capota, reparação e lacagem das jantes. Por esta altura, e depois de um árduo ano de trabalho (a vários níveis) e também de umas recuperadoras férias nos Açores, estava de volta para retomar os trabalhos no azulinho.
Dada a minha total falta de experiência na área de bate-chapas, não iria arriscar soldar a nova dobradiça do capôt, preferindo antes remeter tal acção para mão experientes. Assim, esta parte ficou em "stand-by"...
Entretanto, e como não gosto de sentir lacunas de conhecimento, decidi começar a aprender por mim, esta mesma arte. Para isso, nada como pegar numas chapas velhas, mais concretamente nos antigos para-choques do guarda-chuva-azul, e treinar cordões e pontos de soldadura. Posso dizer que ao fim de uma hora de treino já se viam melhorias significativas na qualidade e aspecto das mesmas!...
Motivado e feliz por já ter uma noção e sensibilidade para a soldadura, toca de pegar nos guarda-lamas dianteiros e repará-los, visto estes apresentarem várias fissuras.
















 Estando todas as soldaduras realizadas e faciadas, é tempo de passar para o nivelar de superfícies. Várias camadas, lixadelas e horas depois, o resultado ficou bastante razoável: