Mas uma coisa era certa: a "osteoporose" ia passar a ser uma má lembrança do passado...
Primeiro passo: separação da carroceria do chassis, com a perciosa ajuda do meu pai e do meu irmão.
Um par de horas depois e eis a separação! Agora o chassis vai para fora da oficina, por forma a ter-se espaço para manobrar e trabalhar na carroceria. Ficam assim reunidas todas as condições para a "grande operação". Estavamos no dia 28 de Dezembro do ano da graça de 2008...
3 meses, muitas medidas tiradas, corte de chapa e pontos de soldadura depois, eis que fica como retrata a foto seguinte...
Pormenores do lado do condutor...
...e do lado do pendura.
Consequentemente, também os perfis longitudinais da parte inferior da carroceria necessitavam de intervenção urgente, onde se inclui os apoios para elevação com o macaco. Pormenor do lado do pendura...
Antes na cava da roda traseira direita...
...e depois, no mesmo sitio, pouco tempo e algum trabalho depois.
Parte infeiror da traseira da carroceria, por baixo da matricula. Aqui a corrosão, para não variar, também era caso sério, ao ponto de o meu pai ter de soldar uma peça de chapa, por forma a replicar aquilo que o "caruncho do metal" havia "comido"... 25 anos (infelizmente) bem patentes!
O estado do chassis após separação da carroceria. Havia muitas marcas de salitre, muito provavelmente fruto da sua última residência perto do mar.
O tal "buraquinho" que, após sondagem mais aprofundada, mostrou-se bem maior...
Zona posterior à caixa de velocidades. As alhetas estavam bastante tortas...
Mas, felizmente, nem tudo são más notícias! O que se apresentava com ar bastante duvidoso, algumas horas depois de muito passar a escova de aço no berbequim em alta velocidade, eis um chassis que parece dizer "Estou velho mas não tão mal como pareço! Trata de mim". E eu ouvi e dei seguimento a estas palavras!...
Como, à data dos factos, a minha experiência em operações de bate-chapas era zero, decidi mais uma vez pedir os óptimos préstimos do meu pai nesta área para reparação do "buraquinho" no chassis. Primeiro passo: recortar a chapa corroida e fragilizada em redor do mesmo.
Ooops! Pois é, afinal o "buraquinho" revelou-se ser bem maior do que parecia. O que ontem surpreendia, hoje encaro como "ossos do ofício": um restauro tem sempre destas surpresas.
Reparada a longarina interior, é tempo de fechar e rectificar soldaduras. Menos uma mazela causada pelo "caruncho"...
2 meses passaram, onde todos os orgãos de suspensão, escovados, pintados com Hammerite preta (Nota pessoal: recomendo vivamente esta tinta para partes metálicas que tenham de estar expostas à humidade e/ou ar livre, para além do bom acabamento, dá uma óptima protecção contra a corrosão), duas camadas de Hammerite em todo o chassis e outras tantas de anti-gravilha nas superfícies superior e inferior deste último permitiram que se transfigurasse no que se retrata na imagem a seguir.
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